sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mente que te quero. Mente...

Minha mente é o infinito. Vida própria, alta freqüência. Yoga, baixa entropia. Sou eu quem decide se ela decide que eu decido? Jogo de espelhos? Comédias nem tão puras. Origem de tragédias. Pelo menos das minhas. Às vezesd as dos outros; também as fantasiadas. Ideias que se perdem como a mais bela das conchas; aquela que o mar, vez por outra, deixa na beira da praia à noite. E depois recolhe, sem que ninguém perceba. Há som se a árvore cai e ninguém ouve? Há beleza se o mar recolhe a concha? Há ideia que retorna ao estado de pura possibilidade estatística de recombinação de determinadas conexões elétricas? Como o mar, é nossa mente, despreocupada de Koans, mares, árvores, sons ou belezas moralmente, todas  definidas ou filosoficamente desafiadas. Brincalhona, seja em minhas mãos, seja independente. Assim como as boas amantes. Mesmo que não "catemos" os pensamentos, nem prestemos atenção, a mente pode resolver não retomar os insights depositados na areia. Podem lá ficar e não se tornar práxis. Na areia. Ou pode retomá-los e abandoná-los na vastidão infinita de conexões neuronais. Repositório de elétrons, estados quânticos, cidades amuradas ou simplesmente impenetráveis. Idéias que vagam como elétrons, onda e matéria; onda ou matéria. Ideias que voltam ou revoltam, ou que inesperadamente se ganham, em inesperadas conexões. Prováveis, provadas, mas inesperadas. Fagulhas de futuros, sementes de possibilidades. Borboletas desesperadas ou serenas, batendo asas e gerando furacões ou, ou, e também, agradáveis brisas de fim de tarde de dia quente de primavera de ano bom. Mente que não pára. Que não espera. Que nunca mente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário